O projeto “Balança da Saúde” (autoria regista) revela-se inovador e eficaz, com uma boa relação custo-efetividade, na medida em que:
Se baseia num conceito educativo cientifico abrangente, ecológico e integrativo, não existente previamente, com bases cientificas sólidas e que pretende expandir-se num processo cíclico de melhoria prática e auto-sustentação local. Partindo do saber médico e do poster VBM (base visual didática), torna-se possível integrar diferentes técnicos/visões da saúde, que por sua vez irão formar e motivar, de um modo formal ou informal os Professores do EB.
Possui um efeito multiplicativo importante e custos reduzidos por ser suportado por materiais didáticos pré-existentes, produzidos de forma digital, com base numa intervenção simples (3h) e/ou completa (15h), ambas com custos reduzidos, atingindo um número elevado de pessoas devido à sua difusão em rede. Ex: 1 Médico => 5 Técnicos (Nutrição, Psicologia, Exercício, Enfermagem, Gestão) => 20 Professores => 400 Alunos => 800 Pais & Famílias…..etc.
Os resultados científicos preliminares revelaram um bom impacto do projeto, tendo sido apresentados no “VI Congresso IberoAmericano de Reabilitação Cardíaca e Prevenção Secundária” em Sta Maria da Feira (Dez 2010), em que mesmo no grupo de controlo (escola EB) em que apenas se afixou o poster da Balança da Saúde nas suas salas de aula, se obtiveram resultados relevantes nos conhecimentos adquiridos. Na intervenção geral, os conhecimentos tiveram um incremento de respostas corretas de 41,3% para 57,9%. No grupo controlo, em particular, houve uma evolução nos conhecimentos gerais adquiridos de 36,3% para 55,3%. Além disso, na área dos conhecimentos médicos sobre saúde e sobre a influência eco-social a evolução foi na ordem dos 23% e 20,3%, respetivamente.
O projeto parece ser relevante do ponto de vista pedagógico-cientifico, na medida em que se tenta assegurar que a informação adquirida pelas crianças de 8-9 anos é avaliada e validada (comparada com um grupo de controle), sendo ainda transmitida / aplicada por estes no seio da sua família. Pretende-se manter estes dados em BD para futuro seguimento das crianças e dos seus fatores de risco cardiovasculares, se possível de 5/5 anos.
Uma nova publicação se prepara para breve, comparando os efeitos e os custos de um curso VBM de 3h (informal) vs 25h (certificado), o seu impacto qualitativo nas Escolas e cerca de 10 anos depois!